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Falar da história das guerras para criar uma consciência activa de defesa da Paz!

 

Foi esse o objectivo confesso de José Pessoa, na alocução proferida no Colóquio “A Arte Denuncia a Guerra”, inserido nas actividades da Exposição “Guernica”, inaugurada na passada Sexta-feira, dia 15 de Abril, na galeria do IPDJ, ao Fontelo e promovida pela DORV do PCP em colaboração com aquele organismo público.

 

Legendando a projecção dos slides com palavras doutas e impregnadas de conceitos dialéticos sobre as matanças que ciclicamente se abatem sobre os povos, José Pessoa foi desfiando uma narrativa apaixonada e comprometida, que prendeu desde o primeiro minuto e durante mais de uma hora o vasto auditório.

 

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Todos somos responsáveis pela guerra e pelo sofrimento horrendo que ela causa, se não formos capazes de dar o nosso contributo para a evitar”. “Porque o holocausto não se cingiu a um determinado momento histórico. Existe ainda hoje, em cada guerra que dizima gente inocente que ambiciona viver em paz". Foram palavras de José Pessoa que transformaram fotografias de horrores de várias guerras em mensagens de esperança num futuro pacífico para a humanidade.

 

Enquadrados pela monumental reprodução do quadro original e pelos desenhos e estudos que o antecederam, envolvidos pela poética de Carlos de Oliveira interpretando cada fragmento de Guernica e pela beleza contagiante do poema de Eugénio de Andrade, dedicado ao velho carvalho sobrevivente aos bombardeamentos, as largas dezenas de participantes aplaudiram longamente no final a dissertação do historiador.

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Primeira iniciativa da Exposição "Guernica", que deu azo a elogiosos comentários dos presentes: "Ainda bem que vim!", "Obrigada pela iniciativa!". “Quinta-feira cá estarei de novo”. Referiam-se à apresentação do livro "Alocução ao povo da aldeia de Fuentevaqueros" de Federico Garcia Lorca, que ocorrerá no próximo dia 21 de Abril, pelas 21 horas, e que terá música ao vivo da guerra civil de Espanha, interpretada pelo professor Paulo Vaz de Carvalho com a sua guitarra e pela voz poderosa e quente de Catarina Braga.

 

Pela interessada participação no colóquio, pelo debate que se lhe seguiu, pelas marcações para visitas guiadas efectuadas por várias escolas, a mostra de “Guernica” como expoente maior da obra de arte assumidamente denunciadora da brutalidade da guerra e simultaneamente hino exaltante à paz e à fraternidade atingiu plenamente o objectivo definido pela organização.

 

Viseu, 16/04/2016

O Gabinete de Imprensa da DORViseu do PCP