Comunistas e admiradores indefectíveis de Álvaro Cunhal, oriundos de perto e de longe, lotaram por completo, este domingo, 26 de Maio, o auditório municipal de Moimenta da Beira, onde o líder histórico do PCP foi evocado no âmbito de um programa promovido pela Comissão Organizadora das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal, que decorrem em todo o país.

Na sessão evocativa, outras duas personalidades anti-fascistas seriam também relembradas como “homens sem medo”: Aquilino Ribeiro e Amadeu Baptista Ferro.

Agostinho Lopes, deputado do PCP na Assembleia da República, um dos oradores do colóquio “Álvaro Cunhal e a luta e organização dos Pequenos Agricultores e Compartes dos Baldios”, centrou mesmo a sua intervenção em Aquilino e no livro do mestre “Quando os Lobos Uivam”, alertando que “há novamente lobos a uivar nas nossas terras”, um aviso feito no preciso momento em que o actual Governo PSD/CDS-PP se prepara para alterar a Lei dos Baldios, que pode fazer perigar a posse da terra pelos compartes.

João Frazão e Manuel Rodrigues, membros do Comité Central do PCP, relembraram a figura e a luta de Cunhal na defesa dos povos mais desprotegidos, e o combate no apoio à agricultura e à produção nacional. “Pagaram para deixarmos de produzir”, lembrou João Frazão, denunciando as actuais dificuldades por que passam os pequenos produtores e agricultores “que sempre tiveram do seu lado Aquilino Ribeiro e Baptista Ferro”.

Moimenta é uma terra de liberdade”, sublinhou José Eduardo Ferreira, presidente da autarquia, no discurso de boas vindas que proferiu na cerimónia de evocação a Álvaro Cunhal, que fez sentar também à mesa João Silva, presidente da Cooperativa Agrícola do Távora, instituição que agrega milhares de pequenos produtores de vinho e maçã da região.

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