As recentes notícias que tem vindo a público nas últimas semanas que dão conta da necessidade de intervenção urgente em algumas escolas públicas por parte do Ministério da Educação, só vêm reforçar os vários apelos que a Organização de Viseu da Juventude Comunista Portuguesa através dos seus «Boletim de escola», têm vindo a fazer junto de várias escolas que carecem de obras urgentes.

Com o passar do tempo assistimos à deterioração das escolas públicas.  

Exigimos obras nas escolas que correspondam às suas necessidades. Não queremos obras entregues a nenhuma Parque Escolar, nem que as escolas fiquem a pagar rendas exorbitantes (em média 500 mil euros por ano) como acontece às escolas intervencionadas pela Parque Escolar.

Este início de ano nas escolas secundárias fica marcado por um corte no financiamento para a Educação de mais de 1.125 milhões de euros comparativamente ao ano passado. Agrava-se o número de escolas onde não existem cadeiras e mesas suficientes para todos os estudantes devido ao aumento de alunos por turma. Estabelecimentos de ensino onde todos os dias os estudantes são confrontados com a falta de funcionários e professores. Onde os aquecedores não são ligados porque não há dinheiro para pagar as facturas da electricidade. Onde as obras estão paradas por falta de financiamento. Escolas onde se agrava a falta de qualidade da comida nas cantinas, onde aumentam os preços dos bares e reprografias, onde os estudantes passam graves dificuldades financeiras para pagar os custos de ensino.

Um pouco por todo o Distrito de Viseu há problemas nas escolas públicas, nomeadamente na Escola Secundária de Tondela onde as paredes da escola se encontram bastante deterioradas. Na Escola Secundária de Viriato que paga por mês uma factura de 3 mil euros só em água devido às roturas constantes da canalização e onde as casas de banho não têm condições higiénicas. Na Escola Básica do Campo de Besteiros onde as coberturas exteriores se encontram bastante danificadas e o chão da escola está cada vez mais deteriorado. Na Escola Secundária de Canas de Senhorim onde o pavilhão gimnodesportivo tem infiltrações na cobertura.

A JCP defende que é urgente efectuar obras nas escolas que correspondam às suas necessidades. A justificação que é dada que «não há dinheiro» e que «o país está em crise» não corresponde à realidade, quando se assiste aos lucros exorbitantes dos grandes grupos económicos e ao dinheiro enterrado nos bancos privados. Dinheiro esse que serviria para requalificar todas as escolas públicas do país.

Viseu, 30 de Janeiro de 2013

A Organização Regional de Viseu da JCP